25 de fevereiro de 2015



Numa fachada fiel o teu nome é escrito,

tomas o dito por não dito escondendo o sorriso.

Não passas daquela pequena aldeã que aguarda a chuva da manhã.

Tomas conta dos animais, tens poucos, são demais. Sabes o nome de cada um deles,

dás-lhes carinho e sensatez, são teus filhos talvez.

Vives sozinha isolada na aldeia, não visitas a cidade, não fazes ideia,

da confusão que é, quando se anda de carro e não a pé quando se quer atravessar

meia rua, essa em estrada, não os caminhos em terra batida encantada que tu conheces.

Perdes-te na horta, cumprimentando cada legume, vives no sol da tua pequena aldeia e não no negrume da cidade. Encontras-te na terra cultivada, nessa aldeia personalizada.

Vives sem ninguém, mas não estás sozinha, tens as tuas cabras e as tuas ovelhas, contas histórias velhas a ti mesma com uma emoção especial, televisão não existe, não queres saber daquele outro mundo.

Vives na tua aldeia encantada.

16 de fevereiro de 2015



The Path




The Path is not always clear,

It's not always easy.

There will be obstacles,

You will walk in the shadows as well as the light.

Achievement isn't gifted to you,

It's not something in your DNA.

You earn it through dedication and determination,

Through your own endurance and will to succeed.

Piece by piece, step by step,

No challenge is too great.

How far can you see?

How far can you go?

Stand up,

Step forward.

Seek out your ambition and pursue it without fear.

You are not alone,

You will meet others along the way,

Together you will not falter.

Look to your future,

Build upon your past,

From deepest river to mountain top,

You determine your Path.

9 de fevereiro de 2015

Fizeste porcaria, mais do que uma vez,
Ponho me a andar desta vez pus os pés,
No alcatrão, fiz-me ao caminho, vou pela estrada fora mas não estarei sozinho,
Encontrarei alguém, uma pessoa correcta que queira o nosso bem, que não seja só peta,
Dizem que correr por gosto não cansa
Mas nunca curti ouvir, choro de criança
Acabas com a caixa do gelado e com os lenços de papel
Corres atrás de mim como se o meu cu tivesse mel
Ando em frente e não olho para trás,
És a rapariga que já não me satisfaz
Amachucaste-me como folha de caderno rasurado,
Lançaste-me ao lixo, mas o cesto foi ao lado,
Adeus, talvez um dia nos voltemos a encontrar,
Quando fores alguém decente e souberes o teu lugar,
Chega de brincadeiras, o recreio acabou,
Quero alguém que tenha maneiras como dizia o meu avô
Hoje saio de casa, não fiques à minha espera,
Pois quem espera desespera e desesperada andas tu,
Fica por aí, joga um sudoku,
Estou a caminho, não me verás mais,
Nem na televisão, internet ou capas de jornais,
Fica bem bela adormecida, sonha com tudo o que se passou,
Vou encontrar alguém com maneiras, como dizia o meu avô.

3 de fevereiro de 2015