23 de janeiro de 2015

"Slide the brush on the palette
Bring life to the paper hanged up on the wooden board.
Black and white they are
greyish I see
all I wanna be
was painted.
Who's the artist?
Who's the painter?
I paid him with pain
This is not a game
Win or lose...no
I'm confuse
I am painted
Roll your dice
Or flee like mice
Slide your brush

I drew my crush"

13 de janeiro de 2015

"Para além da curva da estrada
Talvez haja um poço, e talvez um castelo,
E talvez apenas a continuação da estrada.
Não sei nem pergunto.
Enquanto vou na estrada antes da curva
Só olho para a estrada antes da curva,
Porque não posso ver senão a estrada antes da curva.
De nada me serviria estar olhando para outro lado
E para aquilo que não vejo.
Importemo-nos apenas com o lugar onde estamos.
Há beleza bastante em estar aqui e não noutra parte qualquer.
Se há alguém para além da curva da estrada,
Esses que se preocupem com o que há para além da curva da estrada.
Essa é que é a estrada para eles.
Se nós tivermos que chegar lá, quando lá chegarmos saberemos.
Por ora só sabemos que lá não estamos.
Aqui há só a estrada antes da curva, e antes da curva
Há a estrada sem curva nenhuma."



Escreve-te direito pelas linhas tortas da vida
Escreve-te a lápis d'alma para que borracha do pensamento apague,
A tinta com que te escreveste até então não era da fina.
O traço grosso com que foste escrevendo cada palavra borrou o texto final.
Escreve-te na vida sendo simples. Não gastes tinta.
Esborrata o carvão da alma na única folha de papel transparente que tens.
Aproveita cada linha que quer ser escrita.
A folha um dia termina e a borracha há-de acabar
Escreve-te o melhor que possas, sem erros.

11 de janeiro de 2015

"
| Metáfora |

Vês a maneira como a luz entra nas persianas,
e cospe na parede as sombras das vidas urbanas?
É metaforicamente o amor.
E literalmente o amor.
Ou achas que alguém deixa as persianas meio abertas,
senão para deixar o amor entrar?
Vês a maneira como não consegues agarrar o fumo,
porque é leve e livre de seguir sempre o seu rumo?
É metaforicamente o amor.
E literalmente o amor.
Ou achas que o amor se deixa prender,
senão pelas mãos de quem não escreve?
Vês a maneira como a lua sobe às cavalitas do céu,
tão longe e inatingível e impossível como tudo o que é meu?
É-me metaforicamente o amor.
E literalmente o amor.
Ou achas que o amor se criou,
senão à semelhança dos astros?
Vês a maneira como não existes?
Sê-me, pelo menos, metaforicamente."
"Agora o principezinho sentia-se tão irritado que até estava branco.
- As flores fabricam espinhos há muitos milhões de anos. Apesar disso, as ovelhas comem flores há muitos milhões de anos. E vens-me tu agora dizer que tentar perceber porque é que elas têm tanto trabalho a fabricar espinhos que nunca lhes servem para nada não é uma coisa séria! Que a guerra entre as ovelhas e as flores não é uma coisa importante! Não será uma coisa bem mais séria e bem mais importante do que as contas de um senhor muito gordo e muito encarnado? E se eu, eu que aqui estou à tua frente, conhecer uma flor única no mundo, uma flor que não existe em mais lado nenhum senão no meu planeta e que, numa manhã qualquer, uma ovelhinha pode reduzir num instante a nada, assim, sem sequer dar por isso, também não tem importância nenhuma, pois não? 
Corou, mas não se calou.
- Amar uma flor de que só há um exemplar em milhões e milhões de estrelas basta para uma pessoa se sentir feliz quando olha para elas. Porque pensa: "Ali está ela, lá no alto, a minha flor.." Mas se a ovelha comer a flor, para essa pessoa é como se as estrelas se apagassem todas de uma vez! Mas isso também não tem importância nenhuma, pois não?


Adeus - disse a raposa - Vou-te contar o tal segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos..."

7 de janeiro de 2015

"Este artigo podia falar sobre todas as doenças. Mas foca-se apenas nas oncológicas, pois quem diz o que não se deve dizer a alguém que tem cancro é Rachael Yahne, uma mulher que lutou e que sabe o esforço que é preciso fazer para sobreviver a esta doença. A lista é retirada do Huffington Post.

“Sinto muito”: “As pessoas que lutam contra o cancro não precisam da vossa pena. Não podemos controlar o seu aparecimento, mas sim a atitude com que o encaramos. (…) É nesta altura que aprendemos a ser mais fortes (…) Digam-nos que estão connosco, que estão a lutar connosco. Digam-nos que estão orgulhosos de nós, não que têm pena”, escreve a autora.

“Não podias ter feito nada para prevenir?”: Yahne afirma que algumas pessoas perguntaram-lhe se não podia ter comido melhor ou rezado mais. “Embora po
ssam achar que estas coisas podiam ter realmente ajudado, não o digam. Mantenham essas opiniões para vocês e interajam de uma forma positiva”.

“Se me acontecesse o mesmo, eu não fazia A, B ou C”: Há pessoas que dizem que se só tivessem um mês de vida partiam para uma aventura. “A minha pergunta é: Então porque é que não o fazes?”, questiona a autora. Há também quem ponha em causa as nossas escolhas, dizendo que não optava por este ou aquele tratamento. “Parece que me estão a criticar, que estão a criticar as escolhas que mudaram a minha vida. A quimioterapia é normalmente uma escolha de vida ou morte, não se trata de uma opinião”, afirma Yahne."
Não te iludas.
Nada do que poderás fazer hoje alterará o teu futuro.
O dia de amanhã será igual ao de ontem porque é igual ao de hoje.
Vive o presente, não penses no que poderás vir a fazer amanhã ou sequer nas coisas menos boas do ontem. Aproveita o dia. Aproveita o tempo que te deram. Aproveita a vida.
Podes dizer-me que esta é aborrecida, que não vale nada e que não há nada a fazer. E não há.
Mas é a lamentares-te que ela vai melhorar? É não dizer nada que ela vai melhorar? Também não. Então o que tens que fazer? Aquilo que todos nós nos esquecemos: viver. Vive o hoje como não houvesse amanhã e no dia seguinte recordarás o ontem para sempre. Claro que todos temos os nossos problemas e temos que nos queixar, faz parte da natureza humana queixarmo-nos. Queixar-nos por não termos doces numa mesa, queixarmo-nos por termos tantos doces que não sabemos qual escolher ou ainda queixarmo-nos porque tivemos que provar todos eles e ficámos mal-dispostos. Queixamo-nos. Só nos queixamos. Mas mudar?  Continuamos a lamentar o que se passou como isso tivesse influência no passado ou futuro. Só no presente a tem. Aborrecemos as pessoas em nosso redor, fazemos com que estas se queixem igualmente, perdemos tempo. Deixamos de viver.
Avancem e não se sintam presos ao passado por coisas menos boas.
Só vivendo o presente é que podemos tornar momentos comuns em dias inesquecíveis.
Nada do que fazem hoje poderá mudar o vosso futuro.
Mas podem tornar o dia de hoje no futuro que esperavam.

5 de janeiro de 2015




Repousa a tua mão sobre a minha e nunca mais viverás em monotonia.

Viveremos em aventura constante, daremos a volta ao mundo, não é isso que queres? Se não conseguirmos podemos viajar com a imaginação.
Baloiçar-te-ei nos tempos livres e nos ocupados, mesmo não tendo tu direito aos últimos.
Vou ocupar-te de mim.
Viveremos no meio do nada, livres da prisão do mundo que com algemas imaginárias nos prende.
Viver livre. Já imaginaste o que é?


Repousa a tua asa sobre a minha e voaremos juntos pelo mundo.
Conheceremos as cidades mais agitadas, o movimento que atrai os olhos e as cores que nos pintam a imaginação.

Apreciaremos as peças de arte que adornam as grutas do Homem.
Viveremos debaixo de terra só para apreciarmos melhor a luz do dia.

Visitaremos todos os túneis e desvendaremos todos os segredos entre beijos subterrados.



Agarra a tua mão à minha e conheceremos nova gente atarefada.
Tomaremos cada passo do mundo não dado num caminho nosso.

Não precisamos de os saber escutar para os ouvir. Falaremos uma língua só nossa.
A nossa língua.





Trocaremos palavras entre nós para que ninguém nos entenda.


Não dessas que se ouvem, refiro-me às conversas dos olhos.
Conversaremos em silêncio em cada esquina de uma rua nova, trocaremos frases escondidas que só nós percebemos.
Faremos trocas.
Dá-me a tua mão e trocaremos as nossas roupas pelas deles.
Vestiremos outras peles que não as nossas que estão pesadas e gastas. Queremos algo novo.
Uma peça de roupa única, sem  custos, a nossa pele despida.
Descobriremos os corpos um do outro na natureza ao nosso redor.
Passaremos por sítios banais para quem lá vive. Faremos deles únicos.
Não por estarmos lá, mas por estarmos juntos.
Admiraremos cada ponto de luz na noite escura, trocaremos momentos de ternura.
O que achas das luzes?
Agradam-te?

Repousa a tua mão na minha e buscaremos a inspiração dentro de nós. A energia  feroz que nos move. Caminharemos por ideais antigos através dos nossos sonhos desconhecidos.
Sonhamos juntos numa vida acordada.
Perdidos andaremos pelas estações de comboio, no meio de uma confusão deserta. Só nós dois importamos.
Falaremos a linguagem do toque.
Repousa a tua mão na minha.
Subiremos todas as pontes antigas, ouvindo as tradicionais cantigas um do outro. Cantamos mal, mas os ouvidos do amor só ouvem o que lhes interessa.
Não importa: ninguém percebe a nossa linguagem.
Remaremos para o meio do rio, sem destino. Seremos levados pelas correntes. Deixar-nos-emos ir esteja calor ou faça frio.
A loucura aquece.
Andaremos de gôndola numa cidade inundada pela sua magia.
Descansa a tua mão na minha e seremos crianças novamente.
Saltaremos ao soltar a alegria por nós empacotada quando tivemos que fazer as mudanças para a fase adulta.
Abusaremos de todas as diversões a que temos direito.
Brincaremos juntos.
Dá-me mão, e seremos adultos a fazerem-se crianças tantas vezes quantas as que tu quiseres. Não estás farta de ser uma criança a fazer-se passar por adulto?
Agarra-te bem, brincaremos às corridas nos corredores dos supermercados e, quando alguém nos chamar à atenção, fingiremos estar muito arrependidos para logo a seguir tornar a fazê-lo.
Colocar-te-ei a bóia mais ridícula que encontrar e seremos ridículos juntos. Divertir-nos-emos a atirar água um ao outro enquanto gritamos freneticamente palavras sem sentido ao ar da cidade.
Subiremos ao alto céu para contemplar o que cá em baixo não temos. Por mais ignóbil que seja, nada do que encontraremos lá em cima será novidade. Terra, mar, ar. Montanhas protegendo rios e árvores cercando pessoas. Não sabias que era assim?
Subiremos ao alto céu para contemplar o que cá em baixo temos:
A companhia um do outro, e como isso torna o mundo lá de baixo tão diferente.

 Prende-te à minha mão e levar-te-ei para o meio da selva.
 Lá, ouviremos o cantar da mais bela cascata, sentiremos a sombra da mais imponente árvore e comeremos os mais deliciosos frutos.
Grátis, como o sentimento.
Tomaremos banho nas águas límpidas e geladas para nos lavarmos da sociedade. Abraçamo-nos para nos sujarmos um do outro.



A cidade vai querer impedir-nos, gente invejosa.
Têm um padrão para ser cumprido e não aceitam que sejamos diferentes: Felizes.
Repousa a tua mão na minha,
Repousa a tua asa,
Agarra-a, descansa-a na minha,
Prende-a,
E não a deixarei levar.


4 de janeiro de 2015

“Words are, in my not-so-humble opinion, our most inexhaustible source of magic. Capable of both inflicting injury, and remedying it.”

Ando pelas ruas loucamente cansadas de Lisboa calcando os pensamentos despejados pelas pessoas da cidade. Encontro-as cada vez mais sujas. Não existem contentores próprios para colocar problemas? 
No meu caminhar tento desviar-me na tentativa de me esquivar de um ou outro.Acabo sempre por encontrar um monstro sobre os meus pés espreitando. 
"Outro que foi abandonado"

Resolvam-nos, não os abandonem para que qualquer um que passe lide com eles.
Quero uma cidade livre de problemas.

3 de janeiro de 2015


Seems I'm falling in the same deep hole,
Doing the same mistakes, again and again.
Why can not I understand?
I'm getting old.

They warned me, they told me to step back
Maybe my soul has a lack
I didn't listen, I didn't care.
"This time was different, I swear".



The hours are passing by,
Why? Why? Just asking...
whimper, sob, cry, lasting

I should have learnt how to avoid the darkness of a blurred mind,
to stop being so gentle and kind. Instead, I must
lay still and look around,
have my feet glued to the ground as I trust
The light in the darkness.







"Poesia é espremer a lágrima de cada letra,
beber o fogo de cada verso,
não ver os limites do seu canto imerso.
Poesia, é passar os olhos pela alma do outro,
tocando-a levemente, sentindo-a intensamente.
Vivendo-a.
Sentir a dor desconhecida, a dor de barriga, a raiva desmedida.
Porque nos sujeitamos à dor dos outros?
A nossa não nos chega?
Revemo-nos nela, é algo que nos aconchega:
Não sofrermos sós, termos uma ligação entre nós.
Poesia, é espremer a lágrima de cada letra.
É um rio navegado em conjunto."

2 de janeiro de 2015

"C'est le temps que tu as perdu pour ta rose qui fait ta rose si importante"
"Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante."


"Corremos o risco de chorar um pouco quando nos deixamos cativar"
"Tu deviens responsable pour toujours de ce que tu as apprivoisé"
"Tu és eternamente responsável por aquilo que cativas"


"
And I'd give up forever to touch you
Cause I know that you feel me somehow
You're the closest to heaven that I'll ever be
And I don't want to go home right now

And all I can taste is this moment
And all I can breathe is your life
Cause sooner or later it's over
I just don't want to miss you tonight

And I don't want the world to see me
Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

And you can't fight the tears that ain't coming
Or the moment of truth in your lies
When everything feels like the movies
Yeah you bleed just to know you're alive" 

1 de janeiro de 2015

"A felicidade são pequenos fragmentos de tempo, e hoje o meu durou muito.
O teu ar ensonado que te deixa baralhada confirma a tua pessoa.
Tanta coisa para descobrir; és uma pequena caixa que liberta segredos ao ser aberta.
És um puzzle. Encaixo cada nova peça com cuidado à medida que as vou encontrando.
Espero um dia ter uma imagem completa de ti."