25 de fevereiro de 2015



Numa fachada fiel o teu nome é escrito,

tomas o dito por não dito escondendo o sorriso.

Não passas daquela pequena aldeã que aguarda a chuva da manhã.

Tomas conta dos animais, tens poucos, são demais. Sabes o nome de cada um deles,

dás-lhes carinho e sensatez, são teus filhos talvez.

Vives sozinha isolada na aldeia, não visitas a cidade, não fazes ideia,

da confusão que é, quando se anda de carro e não a pé quando se quer atravessar

meia rua, essa em estrada, não os caminhos em terra batida encantada que tu conheces.

Perdes-te na horta, cumprimentando cada legume, vives no sol da tua pequena aldeia e não no negrume da cidade. Encontras-te na terra cultivada, nessa aldeia personalizada.

Vives sem ninguém, mas não estás sozinha, tens as tuas cabras e as tuas ovelhas, contas histórias velhas a ti mesma com uma emoção especial, televisão não existe, não queres saber daquele outro mundo.

Vives na tua aldeia encantada.

Sem comentários:

Enviar um comentário