9 de fevereiro de 2015

Fizeste porcaria, mais do que uma vez,
Ponho me a andar desta vez pus os pés,
No alcatrão, fiz-me ao caminho, vou pela estrada fora mas não estarei sozinho,
Encontrarei alguém, uma pessoa correcta que queira o nosso bem, que não seja só peta,
Dizem que correr por gosto não cansa
Mas nunca curti ouvir, choro de criança
Acabas com a caixa do gelado e com os lenços de papel
Corres atrás de mim como se o meu cu tivesse mel
Ando em frente e não olho para trás,
És a rapariga que já não me satisfaz
Amachucaste-me como folha de caderno rasurado,
Lançaste-me ao lixo, mas o cesto foi ao lado,
Adeus, talvez um dia nos voltemos a encontrar,
Quando fores alguém decente e souberes o teu lugar,
Chega de brincadeiras, o recreio acabou,
Quero alguém que tenha maneiras como dizia o meu avô
Hoje saio de casa, não fiques à minha espera,
Pois quem espera desespera e desesperada andas tu,
Fica por aí, joga um sudoku,
Estou a caminho, não me verás mais,
Nem na televisão, internet ou capas de jornais,
Fica bem bela adormecida, sonha com tudo o que se passou,
Vou encontrar alguém com maneiras, como dizia o meu avô.

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