24 de abril de 2015

A noite cedo descera, acendendo os candeeiros da cidade.
Não trouxe com ela a humidade característica nem roubou o calor do dia. Escondeu apenas a luz.
Era uma cidade pequena. Agitada durante o dia porventura, encontrava-se calma.
Poucos eram aqueles que deambulavam pela rua.
As galinhas que pelos caminhos costumam correr, encontravam-se sossegadas em pequenas caixas de madeira colocadas a um canto. Os cavalos, presos por um gordo cordel, poderiam estar soltos que do seu sítio não sairiam.
Avançou em passos confiantes por entre as estreitas ruas atafolhadas de negócios de rua. Ninguém os recolhera. Aparentemente não existiam pilhantes a patrulhar a zona.
Debaixo de um telheiro, na protecção da luz lunar, dois gatos sonhavam.
Não se ouviam risos de crianças, conversas de adultos ou queixares de velhos.
Apenas o raro vento suspirava ao meu ouvido.

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