25 de novembro de 2014

"Espremo-me para sair do autocarro.
Chove torrencialmente cá fora. O que fui fazer?
Devia ter prosseguido a minha carreira e desembarcado mais adiante. Agora é tarde.
Será que ainda o consigo apanhar se correr um bocadinho?

Triste, sigo o meu inútil caminho até casa, não fazendo grande esforço para não me molhar.
Tomo um banho de água gelada enquanto faço por pisar todas as poças do meu percurso improvisado.
Estou gelada.
Carros que por mim passam cumprimentam-me por vezes com ondas de água morta estendida no chão. Recebo-as de bom grado, afinal, mais água não posso eu carregar.

Já é de noite. O sol há muito que se foi embora, tal como o autocarro.
Encontro a porta de minha casa mas não as chaves.
Fico à porta, à espera de entrar."

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