Caneta sem tinta não escreve palavras, arrasta-se pela folha.
Lápis roído interpreta dizeres desconfiado.
A primeira permaneceria se dela houvesse, contando uma história a quem a quisesse, ler.
Lápis na boca mordido mostrava um sinal escondido de descontracção.
De trabalho seria se fosse posto ao ouvido balanceando-se na orelha, olhando de esguelha a sua obra.
Lápis sem tinta não se arrasta, escreve. Pincela formas esquisitas a que poderão chamar letras quando afiado.
Quando ponta não há, rios de grafite nascem do carvão. Escrever não faz sentido se as palavras forem em vão e ninguém as conseguir ler. Ou mais sentido fazem se nos aprazem ao tentarem descodificar o nosso código.
Descodifica-me.
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