22 de junho de 2015

Estou sentado, torto e sem jeito a escrever. Não sei bem o quê, mas não me interessa. Deixo os meus dedos saltirarem pelo teclado livres.
Mal não farão, bem também duvido, mas enquanto saltam de um lado para o outro, fecho o olho e abro o ouvido. Tudo silencioso. Não se ouve nada além dos carros a correrem nas ruas e os meus dedos a saltarem nas letras. É de noite e os meus dedos não dormem. Os meus ouvidos continuam atentos. A quê? Não sei. Mas se não o estiverem corro o risco de perder algo.
Mas quem corre são os carros e quem saltita são os dedos. Eu só tenho os olhos fechados.
Sinto-me estúpido. Mas sinto-me bem. Escrevo sobre nada.
Dá-me uma noite e eu farei dela uma história para contar.

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