É sábado e vou directo a casa. Tomo um atalho já meu conhecido enquanto ando sobre os meus pensamentos. Desperto para a realidade ao ouvir risos de uma criança. Risos sinceros de quem não tem nada com que se preocupar. Gargalhadas de quem corre atrás de uma bola e não de um autocarro.
Estavam duas crianças dentro de um recinto de um parque infantil a rirem-se. Os seus pais corriam atrás deles, igualando a velocidade à dos mais pequenos, tentando apanhá-los. De vez em quando lá conseguiam travar as suas hipóteses de fuga por um reduzido espaço e aproveitam para desferir um golpe de cócegas ou fazer um ataque de beijinhos.
As crianças riam perante as investidas. Os pais sorriam vitoriosos com as risadas dos seus pequenos.
É sábado e uma família arranja tempo para rir.
Os mais velhos largam os seus afazeres, aproveitam o bom tempo e saem à rua para brincar. Atacando unicamente com carinho. Trazem alegria nos lábios e despreocupação nos bolsos.
Faço uma nota mental para dar aos meus o que nunca tive enquanto continuo a caminhar a rir-me como uma criança.
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