"Caminhos de calçada nunca percorridos e becos esquecidos são enfeitados em dia de festa de Santo, onde aqueles que não o são saem em pecado nas ruas descalças de sentidos.
A sobriedade não adorna as ruas. Reparo na quantidade de pessoas que fazem questão de agarrar os postes para que eles não caiam. Pergunto-me se alguma vez desmaiam.
Vêem-se pessoas nuas, escutam-se gracejos impróprios. Tem-se cuidado para não pisar o grego do chão enquanto o português continua de pé, não sei por quanto tempo.
Cheira a festa e a gente. Sou convidado a entrar por ruas cujo nome esqueci para me perder.
Encontro-me rodeado de pessoas estranhas que não mo são. Diferentes diria; estranho sou eu.
Continuo como um plebeu pelas ruas que a cidade faz questão de apresentar.
Percorro-as numa sobriedade bêbeda a cantar. Converso-me sem estar esdrúxulo.
É grave."
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